A deputada do PCP Diana Ferreira considerou esta sexta-feira a saúde mental como o “parente pobre” do Sistema Nacional de Saúde (SNS), defendendo mais investimento nesta área, nomeadamente na região Norte.

No final de uma visita ao Hospital Magalhães Lemos, no Porto, que presta cuidados de saúde especializados de psiquiatria e de saúde mental, a parlamentar entendeu que o investimento feito neste setor não é ajustado às necessidades existentes, havendo uma “grande carência” de meios não só a Norte, mas por todo o país.

E esta carência acaba por colocar em causa o acesso aos cuidados de saúde”, frisou.

A comunista afirmou que uma das principais dificuldades destes hospitais prende-se com a inexistência de espaços para acolher os doentes, depois de um período de internamento.

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Não existem residências ou instituições específicas para os receber, depois de terem alta clínica, tendo como agravante o facto de muitos destes utentes também não terem retaguarda familiar, frisou.

É o que acontece atualmente no Magalhães Lemos, adiantou, acrescentando que tem as camas todas preenchidas, apesar de ter utentes com alta, porque não têm para onde ir.

Esta situação “prejudica não só os utentes, que continuam em ambiente hospitalar sem necessidade, e o hospital porque perde capacidade de acolher novos casos”, explicou Diana Ferreira.

E estas situações acabam por ter implicações na vida e equilíbrio desses mesmos doentes, sublinhou. Além disso, as pessoas que aguardam ser internadas podem sofrer um agravamento do seu estado de saúde, vincou.

Usando o Magalhães Lemos como exemplo, a deputada entendeu que a realidade que este vive é transversal a todos os outros.

Por esse motivo, Diana Ferreira classificou a saúde mental como o “parente pobre” do SNS, defendendo um maior reforço deste setor.