O presidente da Comissão Vitivinícola da Região (CVR) do Dão disse esta sexta-feira à agência Lusa que espera “excelentes vinhos, mas em menor quantidade”.

“A expectativa da colheita, infelizmente, em termos de quantidade, esperamos de 20% a 30% abaixo do ano passado, essencialmente por causa da geada que afetou algumas zonas da região de forma muito grave e também, em parte, nesta fase final, devido ao míldio que, apesar das curas que se deram, afetou muito algumas regiões”, adiantou Arlindo Cunha. O presidente da CVR assumiu que esta redução na quantidade não será exclusiva da região do Dão, uma vez que prevê que “vai haver uma baixa na produção em geral, no país, se calhar na casa dos 10% a 20%”.

“Tudo isto são previsões, podem não se concretizar”, acrescentou Arlindo Cunha, que apontou para vários fatores que podem alterar as expectativas como, por exemplo, as condições meteorológicas que “sofrem alterações nas previsões diariamente”.

Arlindo Cunha adiantou que “para a semana há previsão de uma chuva ligeira”, o que será benéfico para refrescar as uvas. “A quantidade é baixa, é fraca, mas em princípio a qualidade vai ser muito boa, porque as uvas estão em bom estado sanitário e com o tempo previsto, em princípio, vamos ter bons vinhos, de excelente qualidade”, admitiu.

Com vindimas já a decorrer, “sobretudo dos vinhos brancos”, o presidente da CVR Dão estima que, “até ao final de setembro, 90% das vindimas estarão concluídas”, deixando para último as uvas da casta Touriga Nacional, “que costumam ser as últimas a vindimar dos vinhos de mesa e poderão ir até à primeira semana de outubro”. Este responsável contou ainda à agência Lusa que a CVR está a acompanhar as vindimas e “a fazer algumas ações de fiscalização, no sentido de saber se há ou não uvas a entrar ilegalmente de outras regiões” o que, até à data, “não se tem verificado”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR