Desde o início da pré-temporada, Marcos Acuña não treinava com o plantel principal às ordens de Rúben Amorim e também não seguiu com os quase 30 jogadores que fizeram uma semana de estágio no Algarve. Não que fosse um elemento com o qual o clube não contava mas porque era, pelo valor de mercado, pela questão de contrato e até pelo ordenado, um dos ativos para o Sporting realizar algum encaixe financeiro este verão. E ao longo desse período foi trabalhando na Academia com outros atletas que não farão parte do grupo verde e branco, ao mesmo tempo que partilhava imagens a fazer corridas em matas. Agora, o processo está em vias de ser fechado.

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Após algumas rondas de negociações com o Sevilha, equipa comandada pelo ex-portista Julen Lopetegui que esta temporada vai jogar a da Liga dos Campeões, o acordo para a transferência do argentino encontra-se quase completo, devendo ser anunciado de forma oficial ainda este fim de semana. Depois do interesse do Zenit e do Inter noutros mercados, com propostas noticiadas de 15 a 16 milhões de euros que os responsáveis dizem nunca ter chegado à SAD, Acuña deverá sair por 10,5 milhões, mais dois por objetivos individuais e coletivos.

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Em três temporadas no Sporting, o internacional argentino de 28 anos realizou um total de 135 jogos e nove golos, com especial incidência em 2017/18, quando Jorge Jesus era ainda o treinador, onde fez seis golos em 54 jogos. Ao todo, Acuña conquistou a Taça de Portugal de 2019 e as Taças da Liga da 2018 e 2019. O esquerdino, que chegou a Alvalade como ala mas jogou muitas vezes depois como lateral esquerdo em linhas defensivas de quatro ou a fazer todo o flanco, foi um dos poucos titulares que não rescindiram após a invasão da Academia.

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De recordar que Acuña é a segunda contratação mais cara de sempre do Sporting (contando apenas com jogadores, na medida em que Rúben Amorim vai superar esses registos), com um total de 10,5 milhões pagos na transferência do Racing em 2017 entre valor do passe (9,6 milhões), comissões e mecanismos de solidariedade (900 mil euros), só superado por Bas Dost – 12 milhões. Agora, três anos depois, o argentino está prestes a deixar Alvalade pelo mesmo valor, havendo ainda a possibilidade de ganhar mais dois milhões por objetivos.