Elon Musk já tinha adiantado que a Europa só iria receber o novo Model Y quando este começasse a ser produzido na Alemanha, na nova Gigafactory Berlim. O que não se sabia é que as dificuldades em satisfazer a procura pelo Model 3 no Velho Continente iriam igualmente tornar-se um problema. Com os incentivos aos veículos eléctricos, as vendas não param de aumentar e a fábrica que tradicionalmente abastece os clientes europeus, Fremont, na Califórnia, já não tem mãos a medir para responder à procura nos mercados norte-americano e canadiano.

A Gigafactory Xangai, que produz o Model 3 – a que se juntará o Model Y a partir de Novembro –, já atingiu um ritmo de 200.000/ano em Junho, prevendo-se que continue a subir até aos 300.000 no final de 2020, o que excede as necessidades do mercado local, podendo iniciar as exportações para os países vizinhos. No entanto, face à falta de Model 3 para entrega na Europa, a Tesla decidiu exportar o seu modelo mais popular a partir de Xangai, ao contrário do que tinha previsto antes. Também as versões Performance e Long Range do Model 3 destinadas ao mercado chinês deveriam ser fabricadas em Fremont, mas já são há muito produzidas em Xangai.

Esta decisão de Elon Musk, similar à que a BMW também tomou com o iX3 (produzir na China para comercializar na Europa) é delicada, uma vez que os artigos chineses não têm a melhor imagem no nosso mercado – o que, contudo, está longe de afectar equipamentos como os iPhone, por exemplo, produzidos naquele país do Oriente e exportados para todo o mundo.

De acordo com a Bloomberg, as exportações para outros mercados vão começar em breve, sendo a Europa um dos destinos dos Model 3 fabricados na Gigafactory de Xangai. Enquanto não chegam as primeiras unidades, veja aqui como se trabalha na única fábrica na China que pertence a 100% a um construtor estrangeiro:

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