O Partido Liberal Democrático (PLD), que está no governo no Japão, elege esta segunda-feira o seu novo líder, que será também o primeiro-ministro, na sequência da renúncia ao cargo de Shinzo Abe por motivos de saúde.

Os candidatos à presidência do partido PLD são o chefe de gabinete e ministro porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, o ex-ministro da Defesa Shigeru Ishiba e o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Fumio Kishida.

Apesar dos seus 71 anos, Suga assume-se como favorito já que foi o braço-direito de Abe e é visto como uma aposta de continuidade das suas políticas, contando ainda com o apoio das duas principais fações e de uma terceira menor dentro do partido, segundo os meios de comunicação locais.

Depois de eleito pelo partido, o nome do novo líder ainda terá de ser ratificado pelo Parlamento (Dieta) como novo primeiro-ministro, cargo que deverá manter até setembro de 2021, quando iria terminar o mandato de Shinzo Abe à frente do PLD.

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A ratificação irá decorrer numa sessão parlamentar extraordinária convocada para quarta-feira, conforme foi acordado pelo PLD e pelo principal bloco da oposição.

Shinzo Abe, de 65 anos e que bateu o recorde de longevidade como primeiro-ministro japonês, anunciou, no final de agosto, a intenção de deixar o cargo, alegando motivos de saúde.

A situação suscitou especulações sobre a possível convocação de eleições legislativas antecipadas pelo novo dirigente do PLD, com o objetivo de obter um mandato público e silenciar qualquer contestação da oposição.

Na terça-feira da semana passada, o conselho geral do partido governante decidiu que o sucessor de Abe seria eleito numa convenção reduzida do partido.

A votação para o novo líder vai decorrer num hotel em Tóquio, com medidas especiais para prevenir o contágio da Covid-19.