O Sporting anunciou o reagendamento da Assembleia-Geral do clube para o próximo dia 26 de setembro, um domingo. A reunião magna dos leões, que estava originalmente marcada para o mês de junho, tinha sido adiada devido à pandemia de Covid-19. O anúncio foi feito através de um comunicado, onde o clube de Alvalade refere ainda que a AG servirá apenas para debater e votar o Orçamento e Contas — sem espaço para a discussão de alterações nos estatutos, como é o caso do sistema de i-voting que seria originalmente debatido nesta reunião.

“O Sporting Clube de Portugal informa os Sócios que a próxima Assembleia Geral (AG) do Clube está prevista para o próximo dia 26 de Setembro. Informamos também que estamos em conversações com a Direção-Geral da Saúde para que a Assembleia Geral aconteça com toda a segurança e respeitando todas as directrizes das autoridades de Saúde que a época em que vivemos impõe. Esta AG será exclusivamente para votação de Orçamento e Contas. Todos os outros temas, estruturais para o futuro da instituição, serão debatidos quando for possível garantir em segurança a presença de todos os Sócios do Sporting CP que desejem participar activamente na vida do Clube”, pode ler-se no comunicado divulgado esta segunda-feira pelo Sporting.

Sporting defende i-voting como “tema mais prioritário” nos estatutos e garante que não pensa vender maioria do capital da SAD

De recordar que, no passado mês de agosto, o Sporting defendeu através do editorial no jornal do clube que o sistema de i-voting era o tema “mais prioritário” a ser discutido. “Há que esclarecer que esta Direção do Sporting não pondera vender a maioria da SAD. Considera sim que uma decisão desta natureza, como outras, deve ser decidida por todos os sócios. Podem ser dez, 80, 100, 500 os sócios a decidir por toda a restante maioria de sócios o futuro do clube ou podem ser todos os sócios (elegíveis para tal). Há vários temas importantes a rever nos estatutos, mas o i-voting é o mais prioritário porque é o que permite a decisão por parte de todos os sócios relativamente aos demais”, defendeu, na altura, André Bernardo, vice-presidente e administrador da SAD leonina.

I-voting não é seguro? É seguro e, sem dúvida alguma, mais robusto que a contagem manual de votos. Acresce que o processo é conduzido por uma empresa externa independente. Aliás, o método é o mesmo que o do voto eletrónico que já existe no Sporting mas sem exigir a presença física do sócio. O que significa que o mesmo tem que se autenticar. (…) O i-voting é já amplamente utilizado por várias instituições a nível mundial e inclusive governos como o caso conhecido da Estónia. Os sócios têm agora uma oportunidade que nunca tiveram: a de decidir uma vez para decidirem todos sempre. A alternativa é deixar que uma minoria que pode deslocar-se fisicamente para votar decida por eles. Como sempre, os sócios decidem”, acrescentou.

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