É só mais uma das consequências da pandemia em curso: com o novo coronavírus cresceram os receios dos consumidores chineses no que toca ao consumo de carne — e com eles as empresas que decidiram apostar nos chamados produtos à base de carne vegetal.

À Reuters, foram vários os analistas e membros da indústria que confirmaram o crescimento do nicho e a existência desta nova tendência, que tende a considerar que o consumo deste tipo de alimentos é mais saudável do que os produtos de origem animal.

Prova disso é, por exemplo, o anúncio feito na semana passada pela americana Beyond Meat de que vai abrir uma fábrica na região de Xangai — esta mesma empresa, no início do ano, já tinha fechado uma parceria com a Starbucks para vender os seus produtos à base de carne vegetal nas lojas da marca em território chinês.

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“Agora, depois da Covid-19, os consumidores estão mais preocupados com a saúde e as marcas de restaurantes estão a responder a isso”, disse também àquela agência de notícias Vince Lu, o CEO e fundador da Zhenmeat, uma startup de Pequim que produz almôndegas, bife, lombo de porco, lagostim e dumplings — todos à base de carne de origem vegetal —, e que viu as vendas “subir consideravelmente” a partir de junho.

“Na verdade, consegue perceber-se que não é carne, mas a sensação na boca é muito semelhante à da carne de vaca. E acho que esta carne vegetal é um pouco mais saudável do que a carne de vaca”, disse à Reuteurs Audrey Jiang, de 30 anos, enquanto almoçava num dos restaurantes da capital chinesa que revendem os produtos da Zhenmeat.

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