O Presidente norte-americano disse na segunda-feira que o Irão estava a planear um ataque contra os Estados Unidos e ameaçou retaliar com uma agressão “mil vezes” mais forte.

Em duas publicações na rede social Twitter, Donald Trump pareceu reagir a um relatório publicado no sábado pela revista Politico, que citava fontes dos serviços de informação dos EUA, no qual se afirmava que o Governo iraniano pretendia assassinar a embaixadora norte-americana na África do Sul, Lana Marks.

“De acordo com notícias da imprensa, o Irão pode estar a planear um assassínio, ou outro ataque, contra os Estados Unidos, em retaliação pela morte do líder terrorista (Qassem) Soleimani”, escreveu Trump.

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“Qualquer ataque do Irão (…) contra os Estados Unidos resultará num ataque ao Irão que será mil vezes maior em magnitude!”, acrescentou.

De acordo com o artigo publicado pelo Politico, o suposto plano iraniano de assassinar Marks seria uma represália pela morte do general iraniano Qassem Soleimani num bombardeamento dos Estados Unidos em janeiro.

O Presidente norte-americano defendeu mais uma vez a decisão de matar Qassem Soleimani, afirmando que este “planeava um futuro ataque em que iria assassinar tropas americanas”, além de o responsabilizar por “mortes e sofrimentos durante muitos anos” como comandante da força de elite iraniana Al-Quds dos Guardas da Revolução.

Essa operação norte-americana gerou tensões entre Washington e Teerão no início do ano e, em julho, o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irão, Ali Shamkhani, alertou que os EUA ainda seriam alvo uma vingança mais dura por terem matado o general.

No entanto, o Governo iraniano rejeitou agora, categoricamente, os rumores de que planeia assassinar o embaixador dos EUA, dizendo que se trata uma tentativa do Governo de Donald Trump de manchar a imagem do Irão.

Na segunda-feira, o Governo sul-africano disse ter tomado nota das informações que apontam para o suposto plano iraniano e garantiu que o assunto está “a receber a atenção necessária”.

A África do Sul, que mantém boas relações diplomáticas com o Irão, sublinhou o “dever de proteger integralmente todos os funcionários que estão ao serviço do país” na nação africana, de acordo com um comunicado.