Os presidentes das câmaras de Boticas e Chaves, no distrito de Vila Real, pediram esta quinta-feira mais atenção por parte do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), com esta entidade a destacar o “trabalho nunca antes feito” como agora nestes territórios.

A inauguração do posto de turismo do Alto Tâmega, em Chaves, num investimento de 400 mil euros, foi o “mote” para os presidentes destas duas câmaras reivindicarem maior promoção face a outras zonas da região Norte, como Douro e Minho.

O presidente do Município de Boticas, Fernando Queiroga, considerou que as entidades locais estão a fazer “o seu caminho” na divulgação turística, mas precisam de mais.

“Estamos a fazer o nosso caminho e o Turismo do Porto e Norte tem a responsabilidade de nos ajudar a alavancar este território”, disse Fernando Queiroga.

Por seu lado, o presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, pediu uma “atenção distinta” por parte do TPNP como a que tem demonstrado para com as regiões do Douro e do Minho.

“Esperamos muito de vocês [TPNP] e ainda nos foi dado muito pouco”, reforçou Nuno Vaz.

Em resposta à “chamada de atenção” por parte destes autarcas, o presidente do TPNP, Luís Pedro Martins, afirmou que ao longo deste ano fez-se um trabalho como até aqui nunca se tinha feito nestes territórios, nomeadamente no Alto Tâmega — que engloba os municípios de Boticas, Chaves, Montalegre, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena.

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“Sabemos que é um trabalho importante para se fazer, uma vez que havia um grande desequilíbrio no número de turistas do Porto para o resto da região Norte”, referiu.

A título de exemplo, o também presidente da Associação de Turismo do Porto, eleito esta quinta-feira para o cargo, assinalou que, após o confinamento, a entidade fez uma ação de promoção com jornalistas e ‘bloggers’ nesta região.

Além disso, Luís Pedro Martins apontou o apoio à realização da “Sexta-feira 13”, em Montalegre, ou a final da iniciativa “As Sete Maravilhas de Portugal”, em Bragança.

Este trabalho de divulgação fez com que o Norte do país tivesse números “muito bons” em termos de taxas de ocupação hoteleira, que rondaram os 90%, contrastando com os 15 a 25% da cidade do Porto, ressalvou.

“Julgo, portanto, que algo funcionou bem, que a mensagem passou bem para que muitos turistas tenham vindo cá”, acrescentou o presidente do TPNP.