O bispo de Leiria–Fátima, António Marto, considerou este sábado que a Igreja em Portugal “fica com uma dívida de gratidão” ao bispo de Viana do Castelo, Anacleto Oliveira, que morreu na sexta-feira, o qual cultivava a “pastoral da proximidade”.

“A Igreja em Portugal fica com uma dívida de gratidão a este seu bispo. Esperamos honrar a sua memória continuando o legado que nos deixou”, explicita o cardeal António Marto em nota hoje divulgada.

O bispo de Viana do Castelo, Anacleto Oliveira, de 74 anos, morreu na sexta-feira na sequência de um despiste de automóvel na Autoestrada 2 (A2) perto de Almodôvar, no distrito de Beja, disse à Lusa fonte da diocese. Anacleto Oliveira celebrou, em agosto, 50 anos de ordenação e 10 anos como bispo de Viana do Castelo.

Recordando “um bom amigo e companheiro” desde os “tempos de estudantes em Roma”, o bispo de Leiria–Fátima salientou o estilo “de bispo com grande sentido pastoral, de um bispo Pai e Pastor, como pede” o Papa Francisco.

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“Cultivava, muito naturalmente, a pastoral da proximidade e do encontro, de trato simples e próximo, com uma relação afetuosa, capaz de partilhar as alegrias e dores do seu povo, o que, por sua vez, suscitava uma atração de simpatia da gente para com ele”, prossegue o cardeal na nota.

Na opinião de António Marto, o bispo de Viana do Castelo “tinha ainda o dom de anunciar o evangelho com unção, de modo a falar ao coração, iluminando as realidades da vida de todos os dias, inclusive as difíceis situações sociais”.

A autarquia de Viana do Castelo decretou dois dias de luto pela morte de Anacleto Oliveira, considerando que é uma “grande perda”, não só para a diocese de Viana do Castelo, “mas também a perda de uma personalidade afável, dialogante e profundamente interessada na vida das populações do Alto Minho”.

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) também lamentou a morte do bispo de Viana do Castelo, lembrando-o como “uma mente aberta e esclarecida acerca da Igreja”.