A cidade de Seul anunciou, na sexta-feira, que vai processar Jun Kwang-hoon, líder da igreja do Amor Máximo, que responsabilizam pelo segundo maior surto de Covid-19 que a Coreia do Sul sofreu.

Coreia do Sul com 441 novos casos, pior registo diário desde março

Seul vai exigir 4,6 milhões de won (3,3 milhões de euros) a Jun Kwang-hoon pelos danos causados à cidade.

Jun Kwang-hoon foi uma das figuras que liderou os protestos em massa contra o executivo central em Seul no dia 15 de agosto, apesar de as autoridades da capital sul-coreana terem proibido as concentrações.

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O pastor presbiteriano — que acabaria por ser infetado pelo novo coronavírus — decidiu prosseguir, apesar de dias antes das manifestações vários membros da sua igreja já terem testado positivo para a Covid-19.

Seul também acredita que Jun tornou as coisas mais difíceis ao fornecer documentação falsa sobre os membros da sua igreja. O surto ligado à sua igreja contabiliza mais de 1.100 infeções.

As dificuldades que os cidadãos enfrentaram devido ao agravamento do distanciamento social [ativado após a deteção do surto] e o seu impacto na economia nacional são tão grandes que não podem ser contabilizadas”, disse hoje o porta-voz municipal Hwang In-sik.

Os advogados que representam a igreja negam a acusação e exigem que o Governo central, que acusam de não proteger os cidadãos, processe a China por mentir sobre a pandemia.

O distanciamento social ajudou a reduzir o contágio e a Coreia do Sul tem registado menos de 200 novas infeções por dia há mais de duas semanas.