Está por dias a apresentação do segundo eléctrico da Volkswagen assente na plataforma MEB. Depois de a Skoda ter apresentado o Enyaq, no início do mês, a 23 de Setembro será altura de revelar oficialmente o seu “mano” ID.4. Trata-se de um crossover eléctrico em que a marca está a apostar para atingir um volume de vendas “respeitável” nos modelos a bateria. A expectativa, avançada pelo próprio construtor, é que o ID.4 venha a representar meio milhão de vendas por ano, impulsionado pelo facto de ser comercializado nos principais mercados mundiais – China, Estados Unidos da América e Europa.

Além de ser fabricado em Zwickau (Alemanha), onde a produção já começou, o segundo eléctrico da nova vaga da Volkswagen vai também ser construído nos Estados Unidos e na China. Uma opção que visa impulsionar o ID.4 globalmente, mas que exigiu da marca um forte investimento na componente produtiva. A fábrica norte-americana de Chattanooga, no Tennessee, por exemplo, exigiu uma injecção de 800 milhões de dólares para estar preparada para começar a produzir o ID.4 em 2022. E só a conversão das instalações de Zwickau para que esta unidade fosse exclusivamente dedicada aos BEV do conglomerado germânico implicou qualquer coisa como 1,2 mil milhões de euros. Ao todo, só o foco na mobilidade eléctrica está orçado em 11 mil milhões de euros, sendo que o ID.4 é visto como um dos principais contribuidores para recuperar mais rapidamente o investimento, representando 1/3 das vendas de eléctricos da Volkswagen que, até 2025, espera comercializar 1,5 milhão de veículos a bateria.

Se o ID.3, apesar de alguns atrasos, começou finalmente a chegar aos clientes, o ID.4 inicia as entregas no próximo ano, sendo que se mantém o esquema de pré-reserva, o qual deve ser activado pouco depois da revelação oficial do modelo.

Ora, depois do rival do Model Y, a Volkswagen trata agora do substituto para o e-up!. O pequeno citadino foi revisto e actualizado, tanto que até a Skoda e a Seat passaram a disponibilizar o Citigoe IV e o Mii Electric, respectivamente, todos eles passíveis de serem considerados uma oferta interessante na equação preço/autonomia. Sucede que os elevados custos de produção oficialmente já ditaram o fim da produção do Skoda e, agora, a Volkswagen assumiu que está a desenvolver um compacto para posicionar abaixo do ID.3. Venha ele a chamar-se ID.2 ou ID.1, o certo é que passará a ser o mais acessível na gama eléctrica da Volkswagen. Contudo, os rumores indicam que o concept só deve surgir algures em 2023. E, se assim for, não há que alimentar esperanças de ter a versão de produção antes de 2024 ou 2025.

Outra das confirmações mais promissoras recai nas baterias sólidas. Em resposta aos jornalistas, numa conferência de imprensa no exterior, os responsáveis da marca assumiram que esta é uma frente de batalha a evoluir no bom sentido, pelo que dizem esperar que a tecnologia se converta em realidade num futuro próximo. Não acrescentaram qualquer menção a datas, mas a empresa em que a Volkswagen confiou o desenvolvimento da solução, a QuantumScape, revelou recentemente estar a postos para avançar em 2024.

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