O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior desafiou esta segunda-feira os responsáveis e parceiros do centro AquaValor a organizarem em Chaves jornadas científicas europeias sobre a água durante a presidência portuguesa da União Europeia (UE).
“Desafiei a equipa a organizar aqui durante a presidência portuguesa [da UE durante o primeiro semestre de 2021] uma reunião europeia com outras águas termais de toda a Europa, para que cada vez mais este projeto possa ser visto”, destacou Manuel Heitor.
O AquaValor — Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia da Água, que tem sede em Chaves, no distrito de Vila Real, recebeu esta segunda-feira a visita do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Presente na visita e também desafiada a “definir uma data e o conteúdo” para o repto lançado pelo ministro, a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, aceitou o desafio que permitirá “dar mais visibilidade ao projeto”.
“Permitirá reunir especialistas internacionais que percebem da matéria e que podem encontrar aqui pontos de colaboração, o que é muito importante para fazer crescer os projetos e dar-lhes dimensão”, apontou.
Também o presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, se mostrou satisfeito por poder decorrer “uma grande iniciativa de afirmação” do AquaValor.
“Espero que possa ser feita no segundo trimestre [da presidência portuguesa da UE] e naturalmente permitirá um diálogo científico e uma partilha de conhecimento, mas também será importante para a afirmação deste projeto e daquilo que todos nós esperamos que possa vir a ser”, sublinhou.
O autarca de Chaves realçou ainda que este projeto “tem um investimento público de mais de três milhões de euros com uma estratégia de afirmar o Alto Tâmega como território do termalismo e bem-estar”.
O centro AquaValor é uma associação privada sem fins lucrativos, que atua, essencialmente, em torno da temática da água, nas suas várias vertentes, enquanto valor distintivo/identitário, agregador e potenciador de crescimento económico na sub-região do Alto Tâmega.
O projeto tem como associados fundadores o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), a Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega (CIMAT), o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), a Universidade de Vigo (UVIGO), o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro EPE (CHTMAD), a Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega (ADRAT), o Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Eurocidade Chaves-Verín, a Associação Empresarial do Alto Tâmega (ACISAT) e junta ainda ‘atores-chaves’ do setor privado.
Para o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior o projeto tem um papel “visivelmente transformador” e “atrai recursos humanos qualificados” tal como já acontece atualmente com a presença no AquaValor de oito investigadores de vários pontos do país.
“Isso é que é valorizar o território, valorizar o interior, porque a ciência cria emprego, também cura. A junção da atividade científica com os recursos endógenos associados à água parecem ser verdadeiramente transformadores e este parece ser um projeto com futuro em Chaves, em Portugal e em associação com outras termas no contexto europeu”, apontou.