O peso, as elevadas potências e uma aerodinâmica menos eficiente são potencialmente os principais motivos que fazem disparar o consumo e, por tabela, as emissões de dióxido de carbono (CO2). Daí que a estratégia do Governo francês passe por apontar armas a algumas destas características, como forma de limitar as emissões dos gases que provocam o efeito estufa.

As medidas ainda estão em fase de discussão, mas ninguém acredita que o actual Governo pondere suavizá-las e muito menos esquecê-las. Tanto mais que não só prometem cumprir o seu objectivo principal, o de contribuir para reduzir as emissões de carbono, como ainda acabam por ajudar a indústria local, punindo de forma mais evidente os modelos alemães, que tradicionalmente recorrem a motores maiores e mais potentes.

De acordo com a imprensa francesa, os modelos actualmente a ser comercializados no mercado local já pagam uma taxa adicional caso emitam mais de 137g de CO2/km, suportando mais 20€, 25€ e 50€ por grama acima desta fasquia, consoante os diferentes escalões. Isto faz com que um veículo que emita acima de 213g de CO2/km ascenda ao escalão mais elevado, o que supõe o pagamento de 20.000€ só deste imposto adicional. Sucede que este valor é relativamente fácil de atingir, sobretudo pelos SUV alemães se equipados com motores mais potentes com seis ou oito cilindros.

Para 2021, espera-se não só que a fasquia das emissões de CO2 baixe para 123g, como todos os veículos que ultrapassem 1400kg passem a pagar um novo imposto relativo ao peso de 10€ por quilograma acima deste valor. Um SUV germânico ligeiramente abaixo dos 5 metros e com motor com seis cilindros facilmente superará 8000€. Resta saber se os híbridos e os híbridos plug-in também estão incluídos nestes cálculos, uma vez que a presença das baterias faz disparar o peso do veículo.

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