A Câmara Municipal da Guarda criou uma incubadora de projetos artísticos no domínio das artes plásticas e performativas, dança, música, teatro e literatura, para apoiar artistas e criadores locais.

Segundo o presidente da autarquia, Carlos Chaves Monteiro, a Incentivart — Incubadora de Projetos Artísticos, surge “numa altura de paragem para muitos artistas” devido à situação pandémica causada pela Covid-19.

Com a iniciativa, o município “incentiva e apoia o tecido criativo local, o surgimento de novas ideias e novos criadores, esperando que daqui resultem mais e promissores projetos artísticos, que possam também envolver a comunidade, utilizando uma diversidade de linguagens no universo da Arte Contemporânea”.

O projeto cultural desafia os artistas da região a desenvolverem trabalhos no domínio das artes plásticas, das artes performativas, da dança, da música, do teatro e da literatura, dando-lhes a possibilidade de utilizarem os espaços das estruturas culturais da cidade para residências artísticas.

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O resultado das residências será depois apresentado no Teatro Municipal, no Museu e na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço. O projeto começa na quinta-feira, com a inauguração de uma exposição de Carina Leal, no Museu da Guarda.

De acordo com Carlos Chaves Monteiro, na primeira edição da Incentivart, os artistas que participam “resultam de propostas anteriores ao período pandémico, alguns deles estavam agendados, outros tinham propostas em análise” e têm em comum “a ligação à Guarda”.

Para a Biblioteca Municipal estão programadas residências artísticas de Anabela Matias (residência literária “Mãos que escrevem história”, outubro, novembro e dezembro), de Luciano Amarelo (residência de arte performativa e cénica “Guardalendas”, dezembro a fevereiro), de Simone dos Prazeres (residência artística — escultura “Hálito de papel”, entre outubro e junho) e de Opuspausa — Luís Salomé (residência musical — criação musical concerto a solo de saxofone, 20 a 30 dezembro).

O museu acolherá projetos de Carina Leal (exposição temporária de pintura, desenho e fotografia “E olho para as flores e sorrio”, 24 de setembro – 23 de novembro), de Bolsei-arte (Aquilo Teatro, CRL e O2S – Engenharia e Construção Lda) com Catarina Flor e Nuno Aparício (experiência interativa com obra artística “Cres(ser)”, 3 de dezembro a 31 de janeiro) e de Bolsei-arte com João Henriques Pires e Mariana Pinto de Frias (projeto de questionamento dos meios convencionais de exposição, de 4 fevereiro a 4 de abril).

Pelo Teatro Municipal da Guarda passam projetos de Ana Couto e Miguel Silva “Analógica 15” (fotografia, setembro a dezembro), do Aquilo Teatro “Amadis no paraíso” (apresentação 3 e 4 outubro), de João Louro “Pandemónio” (paisagem sonora, apresentação 1.º trimestre 2021), de Sara Vaz “Livro: poema-livre” (dança, 19 a 23 outubro), de Daniel Gamelas “Reve” (escultura e desenho, com workshop de construção de forno de papel, por Simone dos Prazeres, 9 a 19 novembro), do Teatro Calafrio (10, 11 e 12 dezembro), de Mara Ricardio Pacheco “Dança (inclusão)” (29 janeiro) e de Ricardo Coelho e Grupo de Cantares “Sete vozes” de Vila Fernando (música e canto tradicional, 06 fevereiro).