As obras das novas unidades de saúde familiar de Marvila e de Benfica já estão a decorrer e vão servir cerca de 22 mil e 30 mil utentes, respetivamente, num investimento de 3,2 milhões de euros.

O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), e a ministra da Saúde, Marta Temido, marcaram esta quarta-feira presença nas cerimónias de lançamento da primeira pedra de cada um destes centros de saúde, que deverão estar concluídos dentro de pouco mais de um ano.

A Unidade de Saúde Familiar de Marvila, a ser construída no antigo Palácio da Quinta dos Alfinetes, vai dar resposta a cerca de 22 mil fregueses “numa moderna instalação da rede de cuidados primários de saúde que terá todas as valências que um moderno centro de saúde deve ter”, salientou Medina.

“Aqui, as pessoas poderão ter melhores cuidados, melhor atendimento e menor necessidade de terem de se deslocar aos hospitais para um conjunto de necessidades que têm no seu dia-a-dia”, sublinhou o autarca. O novo centro de saúde terá serviços de medicina dentária, consultas de nutrição, psicologia, saúde materno infantil, análises e exames de diagnóstico, bem como assistência ao domicílio.

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Já a Unidade de Saúde Familiar de Benfica vai dar resposta a um total de 30 mil munícipes, uma obra que, no entender do presidente da Câmara de Lisboa, tem também uma “importância urbana de densificar e criar centralidades de espaço público, de serviços públicos, de circulação pública e de transformar zonas do domínio do automóvel e do individual para o domínio do público e do coletivo”.

A ministra da Saúde, Marta Temido, destacou, por sua vez, que o concurso para a colocação de especialistas de medicina geral e familiar vai permitir contratar profissionais a partir de outubro, garantindo que, concluído o centro de saúde, os 8 mil utentes que ainda não têm médico de família em Benfica possam passar a ter.

Estes centros de saúde fazem parte de um conjunto de 14 que estão a ser construídos ou requalificados pela Câmara de Lisboa, num investimento superior a 50 milhões de euros, para os quais foram assinados em 2017 protocolos com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

“No final deste processo, a cidade terá renovado, na íntegra, o seu corpo de unidades de saúde e de unidades de saúde familiar, permitindo assegurar a cobertura, a todos os utentes, relativamente a médicos de família, mas assegurar também que todos têm serviços de muito maior qualidade e com menos deslocações aos hospitais, na medida em que os centros de saúde terão maior capacidade de resposta”, realçou Fernando Medina.

Em fevereiro, o presidente da autarquia estimou que “no final de 2021, início de 2022”, o processo esteja concluído e a capital disponha de “centros de saúde com mais valências do que aquelas que hoje normalmente um centro de saúde tem na cidade de Lisboa”.

Inicialmente estava previsto que estes equipamentos substituíssem, até 2020, centros de saúde em prédios de habitação frequentados por mais 300 mil utentes.

Segundo um balanço hoje feito pelo autarca, estão dois centros de saúde “em obra avançada” (Alta de Lisboa e Alto dos Moinhos), duas unidades em obra, outras duas em início de obra, enquanto dois centros de saúde aguardam visto do Tribunal de Contas e os restantes estão em fases de concurso ou adjudicação.