Uma equipa de físicos criou um modelo matemático para tentar definir o calendário dos picos da segunda onda da pandemia de Covid-19 na Europa. Os resultados foram publicados na revista científica Scientific Reports, do grupo Nature.

O grupo, que inclui investigadores da Universidade de Lyon (França) e Universidade da Dinamarca do Sul, usou a evolução da pandemia na primeira onda para criar o modelo desta segunda vaga, mas “as diferenças podem certamente ocorrer devido às diferentes medidas que estão a ser aplicadas agora”admite Giacomo Cacciapaglia, primeiro autor do artigo, ao jornal Público.

Ou seja, o facto de agora usarmos máscara em locais fechados e meios de transportes, mantermos o distanciamento físico, higienizarmos as mãos e as superfícies com frequência — tudo coisas que só começámos a fazer após o início da pandemia — podem inviabilizar o calendário agora anunciado.

Para Portugal, três das cinco datas previstas para o potencial pico da segunda vaga já passaram — a primeira delas em meados de agosto. A quarta data, a semana em que nos encontramos, já está a meio e a quinta data é a semana de 5 a 11 de outubro.

Se alguma destas semanas é ou não o pico da segunda vaga em Portugal — ou sequer se o país está numa segunda vaga — só daqui a umas semanas será possível saber.

Em relação à Europa, a equipa prevê que a segunda vaga aconteça entre julho de 2020 e janeiro de 2021.

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