O presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, prometeu esta terça-feira o apoio do banco central norte-americano para combater a crise causada pela pandemia “durante o tempo que for necessário”.
Numa audição na Câmara dos Representantes, Powell disse que desde que começou a crise, tem-se assistido a uma melhoria contínua das condições económicas nos Estados Unidos, mas a incerteza persiste.
A atividade económica recuperou do nível deprimido do segundo trimestre, quando grande parte da economia esteve parada para travar a propagação do vírus. Muitos indicadores económicos mostram uma melhoria notável”, afirmou.
No entanto, Powell advertiu que “tanto o emprego como a atividade económica se mantêm muito abaixo dos níveis anteriores à pandemia e o caminho a seguir continua a ser muito incerto”.
A Fed continuará a utilizar as “ferramentas” de que dispõe para fazer o possível “durante o tempo que for necessário, para assegurar que a recuperação seja o mais forte possível e impedir que a economia sofra danos permanentes”, indicou.
Desde o início da crise causada pela pandemia de Covid-19, a Fed baixou as taxas de juro de referência, que atualmente estão entre 0% e 0,25%, e recorreu a outras medidas, como injeções maciças de liquidez nos mercados financeiros e elevadas compras de dívida.
Na semana passada, a Fed indicou que tenciona deixar as taxas de juro próximas de 0% até 2023, quando se espera que a inflação atinja a meta definida de 2%.
“A nossa economia vai recuperar completamente deste período difícil”, afirmou Powell, insistindo que a instituição que lidera mantém o compromisso de usar “toda a sua gama de ferramentas para apoiar a economia enquanto for necessário”.
Nas últimas previsões que divulgou, o banco central espera uma contração da economia norte-americana de 3,7% no final deste ano e uma taxa de desemprego de 7,6%.