O número de funcionários públicos aumentou em mais de 15 mil no segundo trimestre do ano face ao período homólogo para 705.212, sobretudo no setor da saúde, segundo a síntese estatística do emprego público publicada esta quinta-feira pela DGAEP.

De acordo com os dados da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), “a 30 de junho de 2020, o emprego no setor das administrações públicas situou-se em 705.212 postos de trabalho, assinalando um aumento de 2,2% face ao trimestre homólogo e 0,2% face ao trimestre anterior”.

O aumento homólogo trimestral corresponde a mais 15.014 trabalhadores, enquanto face ao trimestre anterior há mais 1.090 funcionários. Já comparando com 31 de dezembro de 2019, o aumento do número de trabalhadores foi de 0,9% (mais 6.576 trabalhadores).

Na administração central, o acréscimo foi de 2,5% (mais 13.236 postos de trabalho), enquanto na administração local a subida foi de 1% (1.172 trabalhadores).

Segundo os dados, na administração central, o aumento de emprego verificou-se essencialmente nas Entidades Públicas Empresariais (EPE) do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com mais 7.945 trabalhadores, dos quais 1.138 médicos, 3.205 enfermeiros e 543 técnicos de diagnóstico e terapêutica.

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Quanto à administração local, destaca-se o aumento de emprego nos estabelecimentos de ensino básico e secundário, com mais 1.670 postos de trabalho, e nas EPE exceto do SNS com uma subida de 1.036 do número de trabalhadores.

Neste caso, o aumento é decorrente da fusão por incorporação da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) na CP – Comboios de Portugal, explica a DGAEP. Por sua vez, nas instituições sem fim lucrativo da administração central, o emprego aumentou 17,8% “em resultado da integração da Escola Nacional de Bombeiros no universo das administrações públicas”.

Remuneração base média sobe 3,3% na função pública para 1.533 euros em abril

A remuneração base média mensal dos funcionários públicos aumentou 3,3% em abril face ao período homólogo, para 1.532,7 euros brutos.

Segundo os dados da DGAE), “em abril de 2020, o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo no setor das administrações públicas situava-se em cerca de 1.532,7 euros”.

Este valor corresponde a um aumento homólogo de 3,3% e deve-se sobretudo à atualização do valor da base remuneratória para os 645,07 euros e ao “valor das remunerações base mensais na Administração Pública” bem como à subida do salário mínimo nacional para 635 euros e ao descongelamento das carreiras, explica a DGAEP.

Comparando com o mês de referência do trimestre anterior (janeiro de 2020), o aumento global médio foi de 1%.

A DGAEP destaca que na carreira de investigação científica verificou-se uma redução de 3,3% na remuneração base média “em resultado dos movimentos de entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios (entrada de novos trabalhadores em níveis remuneratórios na base da carreira)”.

Já em relação ao ganho médio mensal (incluindo suplementos, horas extra e prémios), o aumento homólogo em abril foi de 2,9%, para 1.782,80 euros, o que significa que face ao trimestre anterior (janeiro) houve um crescimento de 0,8%.

Estas variações resultam sobretudo do aumento da remuneração base média mensal e da diminuição global da importância das restantes componentes do ganho, como prémios e subsídios ou suplementos regulares, e pagamentos por horas suplementares ou extraordinárias”, indica a DGAEP.