A decisão foi tomada ainda na quinta-feira, já de madrugada no fuso horário português: pela primeira vez num século, o desfile de carnaval das escolas de samba no Rio de Janeiro não se vai realizar devido à pandemia, numa altura em que o Brasil já registou mais de 4,6 milhões de casos de Covid-19.

O desfile, que deveria acontecer, como anualmente, em fevereiro de 2021, foi adiado sem nova data por decisão unânime das escolas, de acordo com um anúncio feito há algumas horas pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (LIESA).

“Em função de toda essa insegurança, essa instabilidade em relação a área da ciência, de não saber se lá em fevereiro vamos ter ou não a vacina, chegamos à conclusão que esse processo tem que ser adiado”, disse o presidente da LIESA, Jorge Castanheira, em declarações citadas pelos jornais brasileiros.

Não temos como fazer em fevereiro. As escolas já não vão ter tempo nem condições financeiras e de organização de viabilizar até fevereiro”, acrescentou.

O responsável sublinhou que se trata, não do cancelamento, mas de “uma possibilidade de um adiamento, uma solução alternativa, algo que venha num momento com segurança contribuir para a cidade do Rio de Janeiro”.

Vamos continuar lutando, buscando alternativas para encontrarmos um projeto nosso que permita que as escolas de samba possam fazer algum processo alternativo aos desfiles que acontecem em fevereiro para também não prejudicar o carnaval de 2022”, afirmou o responsável.

De acordo com os dados compilados pela Universidade Johns Hopkins, o Brasil já registou, desde o início da pandemia, um total de 4.657.702 casos de Covid-19. A doença já levou à morte de 139.808 pessoas naquele país.

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