Os programas de apoio para o reforço de recursos humanos em equipamentos sociais já permitiram colocar mais de oito mil trabalhadores no setor, nomeadamente em estruturas de apoio a idosos, afirmou esta sexta-feira a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Neste momento, temos mais de oito mil pessoas que já foram colocadas através dos programas extraordinários criados para reforçar os recursos humanos [em equipamentos sociais e de saúde]”, disse Ana Mendes Godinho.

A ministra falava na Covilhã, distrito de Castelo Branco, no final de uma reunião com representantes de instituições particulares de solidariedade social (IPSS) daquele concelho e durante a qual lhe foi transmitido que a principal preocupação do setor se prende com a dificuldade para colocar recursos humanos, face à pandemia Covid-19.

Nas declarações aos jornalistas, Ana Mendes Godinho destacou o papel das instituições na resposta à crise pandémica e salientou que o Governo está empenhado em ajudar a ultrapassar o problema relacionado com a contratação, tendo criado instrumentos específicos para esse fim.

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“Nós estamos a reforçar os meios para que as instituições possam contratar. Naturalmente este é um dos desafios principais que temos”, declarou, destacando o caso da Medida de Apoio ao Reforço de Emergência de Equipamentos Sociais e de Saúde (MAREESS).

Segundo a governante, este programa foi aberto logo em março, permite a contratação a título extraordinário e temporário, e prolonga-se até final do ano, com financiamento através do Instituto do Emprego e Formação Profissional.

Ana Mendes Godinho apontou, igualmente, a criação do “+CO3SO Social”, que permite a contratação de técnicos qualificados.

A constituição de brigadas distritais de intervenção rápida para contenção e estabilização de surtos de Covid-19 em lares de idosos foi outra das medidas que enumerou, tendo ressalvado que esta deve ser sempre uma solução de “último recurso”.

Quanto à problemática de casos de Covid-19 em lares ilegais, a ministra referiu que a preocupação do Governo tem sido a de proteger as pessoas e garantiu que, quando são identificadas situações em que estão em risco, as entidades atuam no sentido de “encontrar respostas alternativas” que salvaguardem as pessoas.