As eleições para o Senado francês deste domingo para eleger praticamente metade do assentos na câmara alta do sistema parlamentar francês confirmaram a maioria da direita.

Embora ainda não são sejam conhecidos os resultados finais, o líder d’Os Republicanos (partido de direita, sucessor da UMP, de Nicolas Sarkozy), já afirmou que a maioria da direita e do centro sai “reconfortada” destas eleições onde se votou para eleger 172 dos 348 lugares do Senado.

Ao contrário das restantes eleições para os órgãos do sistema político nacional em França (Presidência e Assembleia Nacional), o voto nas eleições para o Senado é exclusivo de eleitos para cargos públicos como deputados e senadores, conselheiros regionais, conselheiros departamentais e conselheiros municipais.

Apesar de convencionalmene ser apelidada de “câmara alta”, o Senado é de todo o modo o órgão legislativo com menos influência no sistema francês. A Assembleia Nacional (designada coloquialmente de “câmara baixa”) é que tem a última palavra em caso de desacordo entre as duas câmaras.

“Estas eleições, num contexto sanitário, económico e social inéditos, veio reconfortar a maioria senatorial da direita e do centro”, afirmou em comunicado Gérard Larcher, que se candidatará à presidência do Senado.

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Os Republicanos já eram o maior grupo do Senado e assim deverão continuar a ser. Entre os 143 senadores daquele partido, 75 foram a votos este domingo.

Ao centro, o partido de Emmanuel Macron, A República Em Marcha (LREM, na sigla francesa), conta com 23 lugares, dos quais 10 foram a votos.  A expectativa dentro daquele partido é o de ficar “no mínimo ao mesmo nível”, disse, de acordo com o Le Monde, o senador do LREM André Gattolin.

Embora ainda não se conheçam os resultados finais, já se espera que também no Senado se reflita uma tendência que já ficou marcada nas municipais, realizadas entre 15 de março (primeira volta) e 28 de junho (segundao volta): a subida dos Verdes. Atualmente com quatro senadores, a expectativa deste partido é o de formar um grupo no Senado — algo que só será possível a partir dos 10 senadores, perspetiva que parece provável.

Embora não se conheçam os resultados finais, é também já claro que a União Nacional (antiga Frente Nacional) manteve o seu único assento no Senado. Além disso, entra pela primeira vez um nacionalista da Córsega para o Senado.