O ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria, Walid Muallem, discursou este sábado na Assembleia-Geral das Nações Unidas e, num discurso gravado à distância, acusou os EUA de usarem as sanções aplicadas desde junho para sufocarem a Síria.

Walid Muallem comparou mesmo a situação naquele país, onde o regime por ele representado encabeça ao lado da Rússia e do Irão um dos lados de uma sangrenta guerra civil iniciada a 2011, com a morte de George Floyd, afro-americano fatalmente sufocado durante uma detenção policial em Minneapolis, no Minnesota, a 25 de maio deste ano.

“O verdadeiro propósito destas sanções é o de pôr pressão sobre os sírios, sobre a sobrevivência e a vida deles. É uma tentativa desumana de sufocar os sírios, tal como George Floyd e outros que foram cruelmente sufocados nos EUA”, disse Walid Muallem.

As sanções em causa foram adotadas a 17 de junho. Além de sanções pessoalmente dirigidas (como é o caso da mulher do ditador sírio, Asma al-Assad), são também aplicadas sanções a empresas e pessoas que auxiliem militarmente o regime de Bashar al-Assad, aqueles que entrem em transações que facilitem a produção de petróleo ou de gás por parte de regime, ou ainda todos os que assinem contratos para a reconstrução de áreas controladas pelo governo sírio e os seus aliados.

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