O Tribunal do Porto aplicou penas até oito anos de prisão a três assaltantes que levaram de 18 residências do Norte artigos no valor de 336.920 euros, vendendo-os na Ucrânia, informou esta segunda-feira o Ministério Público.

A pena mais pesada visou um arguido que esteve envolvido em 17 dos 18 furtos qualificados.

O tribunal deu como provado que os outros assaltantes, além de participarem em 11 furtos qualificados num caso, e 10 noutro, cometeram o crime de violência após subtração, por agressão ao locatário de uma das casas assaltadas, que os surpreendeu durante o ilícito. O lesado foi agredido a soco quando os assaltantes “já tinham deitado mão a um cordão de ouro”, segundo o MP.

Em acórdão, proferido no tribunal criminal de São João Novo (Porto) no princípio do mês e esta segunda-feira publicitado pela Procuradoria Regional do Porto, ficou provado que uma quarta pessoa arguida, uma mulher, recebia os artigos furtados e encaminhava-os para o mercado ucraniano.

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“Para tal, camuflava os objetos em caixotes, acondicionados entre produtos alimentares, expedindo-os por via terrestre em empresas de transporte”, relata o MP, explicando que a arguida foi condenada pelo crime de recetação, na pena de cinco anos de prisão, suspensa na sua execução pelo mesmo prazo.

Os assaltos foram consumados entre janeiro e julho de 2019, em habitações do distrito do Porto, Vila do Conde, Guimarães, Maia, Braga, Matosinhos, Porto e Póvoa do Varzim, bem como de Lisboa.

Foram furtados essencialmente artigos de ouro, alta relojoaria e dinheiro.