A PSP tem colocado os polícias recém-formados no Comando Metropolitano de Lisboa, o maior do país. O objetivo é colmatar as necessidades e permitir que os agentes mais velhos sejam transferidos para perto de casa, mas muitos têm de esperar mais de 20 anos até que isso finalmente aconteça, noticia o Jornal de Notícias na edição desta terça-feira (link para assinantes).

É esse o caso de Paulo J., que requereu em 1998 a transferência para o Comando Distrital de Viseu, mas só em junho passado é que conseguiu ficar a trabalhar perto da sua área residência. Paulo teve de esperar 22 anos, cinco meses e 28 dias para que isso acontecesse, contabilizou o jornal. Pedro D., da Guarda, teve de aguardar 22 anos e cinco meses, e Rui D., de Vila Real, 21 anos e oito meses.

A Direção Nacional da PSP admitiu ao Jornal de Notícias a existência de “prazos de espera bastante alargados”, confirmando que, “por regra, o maior volume de saídas por transferência interna e as maiores necessidades ocorrem no distrito de Lisboa”. “O ritmo dessas transferências é decidido anualmente, ponderando as saídas de pessoal registadas em cada comando, a disponibilidade de pessoas que manifestaram disponibilidade para aí serem colocadas, bem como as necessidades identificadas.”

Enquanto as transferências não são decididas, os polícias têm de suportar despesas elevadas devido às deslocações e os problemas familiares que decorrem dessa situação. Um problema que o Sindicato Independente e Livre da Polícia (SILP) acredita que podia ser minimizado com uma reformulação da área de intervenção da PSP, o cumprimento das regras definidas para a pré-aposentação e com o fim da prioridade de colocação dada aos elementos da Unidade Especial de Polícia (UEP), refere o Jornal de Notícias.

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