A filha do bilionário que detém as destilarias Seagram foi condenada a seis anos de cadeia por ter ajudado a financiar a organização NXIVM, criada para apoiar quem precisasse de apoio espiritual, mas cujo líder acabou envolvido num escândalo sexual por ter relações com membros do grupo e marcar as mulheres com uma tatuagem como se fossem um animal.

Clare Bronfman, 41 anos, foi condenada mais concretamente a 81 meses de prisão, depois de há cerca de um ano ter assumido perante o tribunal que era culpada e que de facto financiava aquela organização — liderada por Keith Raniere, que foi julgado num processo à parte por manter um harém de 15 a 20 escravas, entre elas algumas com 15 anos.

Herdeira da empresa de bebidas alcoólicas Seagram detida num caso de culto sexual

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Os advogados de Bronfman ainda pediram que a condenação da sua cliente fosse de três anos de liberdade condicional, alegando que esta desconhecia o facto de Raniere ser um abusador sexual com uma organização criminosa paralela à NXIVM — o “DOS”, que tinha “amantes” e “escravos”.

Das seis pessoas acusadas neste escândalo, revelado em março de 2018, Bronfman é a primeira a ser condenada.

O escândalo NXIVM  já foi adaptado para a televisão e para o cinema, numa série de documentários: o “The Vow”, na HBO, que insiste no lado não sexual da organização, e um filme de Lisa Robinson –“Escaping the Nxivm Cult”, 2019 — sobre o depoimento de uma mãe que tentou tirar sua filha da organização.