O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra venceu esta quinta-feira o Prémio HINTT – Maturidade Digital, na categoria Segurança do Paciente, com o projeto Oncommunities, dirigido a doentes com cancro da mama e profissionais de saúde, foi esta quinta-feira anunciado.

Em declarações à agência Lusa, a presidente do IPO de Coimbra, Margarida Ornelas, explicou que se trata de um programa inovador baseado numa “comunidade online, que tem como principal foco a reabilitação física e psicossocial” de doentes com cancro da mama.

É uma aplicação que permite o acesso a doentes de cancro do primeiro ano de diagnóstico a quatro níveis de cuidados de saúde: triagem e monitorização, orientação, rede social privada para os doentes comunicarem com os profissionais de saúde e acompanhamento intensivo”, adiantou.

Segundo Margarida Ornelas, o projeto caracteriza-se por uma “grande segurança e proximidade” com os doentes, que podem esclarecer dúvidas em cerca de 30 minutos com os profissionais de saúde, evitando deslocações.

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A diretora clínica, Ana Pais, acrescentou que a aplicação é “muito intuitiva e gráfica” e permite às doentes “reportarem sintomas da doença, serem orientadas para informações mais técnicas e receberem apoio psicossocial”.

É muito gratificante para nós termos sido distinguidos entre 10 projetos finalistas, que eram todos muito bons”, sublinhou.

O projeto Oncommunities foi desenvolvido em parceria com o Instituto Pedro Nunes e o Instituto Catalão de Oncologia, no qual teve início. Neste momento acompanha 84 doentes, mas até ao final do ano deve aumentar para uma centena.

A equipa que desenvolve o projeto, que está no segundo ano de vigência, é constituída por seis elementos, entre médicos, enfermeiros e psicólogos.

De acordo com o IPO de Coimbra, foi apresentada uma candidatura à Fundação La Caixa para obter financiamento que permita dar continuidade Oncommunities nos próximos anos e alargá-lo a outras patologias.

Promovido pela multinacional Glintt, o Prémio HINTT – Maturidade Digital, pretende reconhecer e divulgar as melhores práticas de adoção das tecnologias de informação e comunicação com vista à aproximação de um ambiente “sem papel” conducente a ganhos relevantes para a segurança do doente, apoio à decisão clínica e eficiência global.