A União Europeia (UE) disse esta quarta-feira que espera mobilizar mais de mil milhões de euros para o setor energético em Moçambique, incluindo para energias renováveis, visando a melhoria da “segurança energética”, ou seja, com maior autonomia e qualidade.

A União Europeia contribui com mais de 180 milhões de euros neste setor e estima-se que irá alavancar fundos públicos e privados que poderão totalizar mais de mil milhões de euros”, afirmou esta quarta-feira o embaixador da UE em Moçambique.

António Sánchez-Benedito Gaspar anunciou o compromisso da UE no lançamento em Maputo do Programa para Leilões de Energias Renováveis (Proler). Gaspar adiantou que a UE vai brevemente anunciar “contribuições financeiras significativas” para apoiar o acesso das famílias moçambicanas à rede elétrica.

As ajudas serão também canalizadas às pequenas e médias empresas fornecedoras de serviços energéticos fora da rede pública, em resposta ao impacto da Covid-19, acrescentou. O apoio vai igualmente ser destinado a um programa de redução de perdas técnicas e comerciais na rede da empresa pública Eletricidade de Moçambique (EDM).

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Todas estas iniciativas deverão contribuir para a melhoria da segurança energética em Moçambique”, declarou António Sánchez-Benedito Gaspar.

Através dessa intervenção, a UE quer ajudar Moçambique a aumentar a satisfação da procura energética através de novas ligações à rede elétrica pública e aos sistemas independentes da rede.

O reforço da infraestrutura de fornecimento de energia elétrica vai ter impacto em serviços como educação, saúde e abastecimento de água e saneamento e gerar emprego e bem-estar para os jovens, bem como o fortalecimento económico das mulheres.

O embaixador da UE em Maputo destacou que o empenho da organização no desenvolvimento do setor energético em Moçambique está em linha com as ações preconizadas no Pacto Verde Europeu.

A União Europeia está mais do que nunca decidida a prosseguir na liderança da transformação da economia mundial para o combate ao impacto das mudanças climáticas, para que esta seja uma economia sustentável, integradora e promissora para as gerações futuras”, disse o diplomata.

O Pacto Verde Europeu, continuou, contribuirá para o alcance da neutralidade das emissões de dióxido de carbono na Europa até 2050, passando por uma redução até 55% em 2030. “Para isso, a promoção das energias renováveis será fundamental”, salientou António Sánchez-Benedito Gaspar.