A Tesla anunciou os resultados obtidos durante o 3º trimestre de 2020, período em que atingiu um novo recorde, tanto em matéria de vendas como de produção. Ao contrário do que previram os analistas de Wall Street, que apontavam para entregas a clientes na ordem das 120.000 unidades, o que só por si já constituía um recorde, a Tesla surpreendeu ao revelar que entregou 139.300 veículos novos entre Julho e Setembro, bem acima das 90.650 unidades do trimestre anterior.

Este crescimento de 53,6% nas vendas foi recebido com alguma surpresa, pois os restantes construtores norte-americanos e europeus continuam a braços com uma recuperação lenta da pandemia motivada pela Covid-19.

A Tesla, que apenas produz eléctricos, usufrui da actual maior procura por este tipo de veículos não poluentes no mercado europeu, devido aos crescentes apoios estatais, apesar de estar limitada pela falta de unidades para entrega. A realidade no mercado norte-americano é distinta, onde a marca californiana deixou há muito de usufruir de incentivos governamentais, enquanto na China, os apoios – outrora generosos para a aquisição de modelos eléctricos – são cada vez menores.

Se as vendas cresceram, a produção foi elevada para um novo patamar, cifrando-se em 145.036 unidades, o que se compreende pelo incremento da Gigafactory Xangai. Este volume de produção no trimestre significa que a Tesla já está a fabricar a um ritmo de 580.000 veículos por ano, valor que continuará a crescer com o atingir da velocidade de cruzeiro do Model Y na Califórnia e a entrada em produção deste SUV compacto na China.

Por modelos, no 3º trimestre de 2020, a Tesla entregou 124.100 unidades de Model 3 e Model Y, enquanto apenas 15.200 Model S e Model X foram transaccionados, bastante abaixo dos níveis habituais.

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