A antropóloga franco-iraniana Fariba Adelkhah foi libertada este sábado de forma provisória da prisão no Irão em que estava detida desde junho de 2019, permanecendo na capital Teerão junto da família e sob controlo de uma pulseira eletrónica.

“Fariba Adelkhah saiu com uma pulseira eletrónica. Ela está agora com a sua família em Teerão. Ainda não nos foi dada uma data para o seu regresso à prisão, mas esperamos que esta libertação temporária se torne permanente”, indicou à agência AFP o advogado da antropóloga, Said Dehghan.

Especializada na história do Irão no pós-Revolução Islâmica de 1979 pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris, Fariba Adelkhah foi detida em junho do ano passado, tal como o seu companheiro Roland Marchal, especialista em assuntos africanos, tendo este sido libertado em março de 2020.

A antropóloga, nascida no Irão em 1959 mas a viver em França desde 1977, foi condenada em maio passado a cinco anos de prisão por “conluio contra a segurança nacional”.

Em reação à condenação, o presidente francês, Emmanuel Macron, protestou e afirmou, em junho, que Fariba Adelkhah tinha sido “arbitrariamente detida no Irão” e que era “inaceitável” que continuasse numa prisão”, exigindo a libertação imediata.

Contudo, Teerão repudiou a posição francesa, ao classificar os apelos de Paris à libertação da antropóloga como uma “interferência inaceitável” na vida interna do país, vincando não reconhecer a dupla nacionalidade de Fariba Adelkhah.

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