O quarto pior dia da pandemia (com 944 casos) torna ainda mais evidente a dimensão do problema nesta primeira semana de outubro. No total, ordenando os dias com mais novos casos de infeção confirmados, metade do top 10 é ocupado por dias deste mês.
Desde que começou a pandemia só houve três dias piores do que esta quarta-feira: a 10 de abril foram registados 1.516 casos; a 31 de março, 1.035 casos; e na semana passada, a 3 de outubro, houve 963 infeções confirmadas num só dia.
Além de 3 e 7 de outubro, há ainda espaço no top 10 para 4 de outubro (5.º lugar, com 904 casos), 2 de outubro (8.º lugar, com 888 casos) e 1 de outubro (10.º lugar, com 854 casos). Para já, só esta segunda-feira (734 casos) e esta terça (427) escapam aos 10 dias com mais casos.
Com 494 novos casos esta quarta-feira, Lisboa e Vale do Tejo — que abrange o distrito de Lisboa e parte dos distritos de Setúbal, Santarém e Leiria — acumula mais de metade (52,3%) de todos os casos do país nas últimas 24 horas. No total, a região tem 41.225 infeções confirmadas desde o início da pandemia.
Segue-se o Norte, com 356 casos ao longo do último dia (37,7% do total), acumulando desde março 29.469 casos confirmados.
O Centro, com 58 novos casos, o Algarve (21), o Alentejo (8), a Madeira (6) e os Açores (1) não chegam a uma centena de casos em conjunto (94 nas últimas 24 horas). Estas cinco regiões acumularam desde o início da pandemia 10.562 casos confirmados, 6.561 dos quais na região Centro.
Boletim DGS. Número de mortes é o mais alto desde 1 de junho
Lisboa e Vale do Tejo teve também nas últimas 24 horas cinco das oito mortes por Covid-19 registadas no país (são 811 na região desde o início da pandemia).
Outras três regiões têm um óbito cada: a região Norte (900 no total desde março), o Centro (269) e o Algarve (20). Já o Alentejo, os Açores e a Madeira não tiveram qualquer morte no último dia. A Madeira, aliás, não tem até ao momento qualquer morte por Covid-19. No total, desde março, houve 2.040 mortes no país.
O boletim da Direção Geral de Saúde revela ainda esta quarta-feira que há nos hospitais portugueses mais 32 internados — num total de 764 doentes —, mas o número de internados em Unidades de Cuidados Intensivos estabilizou nos 104 casos.