Os depósitos nos bancos que operam em Timor-Leste caíram 2,2% no primeiro semestre, no valor de mais de 22,9 milhões de dólares (19,45 milhões de euros), comparativamente ao final de 2019.

Os balanços consolidados das cinco entidades bancárias que operam em Timor-Leste, a que a Lusa teve acesso, mostram que no final do segundo trimestre do ano os cinco bancos comerciais que operam no país tinham depósitos no valor de cerca de 1,038 mil milhões de dólares (881,6 milhões de euros).

Apesar dos efeitos da pandemia da Covid-19 na economia, os dados do segundo trimestre do ano mostram uma ligeira melhoria em relação ao trimestre anterior, em termos de depósitos, já que a queda entre janeiro e março tinha sido de 3,6%.

No que toca ao crédito, os dados mostram que os bancos deram mais crédito no segundo trimestre do que no primeiro, com uma subida semestral de 1%, depois de uma queda de 0,3% nos primeiros três meses do ano.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Assim, e em termos de créditos, o valor total do sistema subiu nos primeiros seis meses do ano para 233,65 milhões de dólares (198,43 milhões de euros), segundo dados oficiais obtidos pela Lusa.

O Banco Nacional Ultramarino (BNU), sucursal da Caixa Geral de Depósitos, manteve-se no final de junho como a entidade bancária em Timor-Leste com maior valor de depósitos de clientes, com uma quota de 36,2% do mercado, menos 0,2 pontos percentuais face ao final do primeiro trimestre.

A entidade portuguesa tinha em depósitos de clientes cerca de 367,4 milhões de dólares (312 milhões de euros), menos 5,4% do no final de março, o que contrasta com a queda de 6,1% no primeiro trimestre.

O Banco Rakyat Indonesia (BRI) foi o que registou a maior queda de depósitos no primeiro semestre (menos 7%), com o timorense Banco Nacional de Comércio de Timor-Leste (BNCTL) a ser o que registou o maior aumento, crescendo 4,7% e aumentando para 13% a sua quota de mercado.

No que se refere a créditos, o BNU registou um aumento de 5% para 38,66 milhões de dólares (32,83 milhões de euros), com uma quota de mercado de 16.5%, a terceira atrás do BNCTL (38,6%) e do BRI (24,6%).

O banco indonésio Mandiri era no final de março o segundo banco com maior valor de depósitos (cerca de 33,6%), seguindo-se o banco australiano ANZ, que trabalha apenas no mercado comercial, com 14,1%, o BNCTL (13%) e o BRI (3,1%).