“Todos temos consciência de que a sociedade, as famílias, as empresas, não podem voltar a suportar o custo de uma paragem global. Não pode ser ‘parar tudo’ outra vez”, assevera António Costa, primeiro-ministro português em declarações ao lado de Pedro Sánchez, chefe do governo espanhol, no final da cimeira ibérica que este sábado se realizou na Guarda.

No dia em que Portugal atinge um novo recorde de novas infeções diárias, com mais de 1.600, António Costa descartou um novo confinamento geral. “Os custos para o emprego são brutais. Já temos mais de 100 mil desempregados, milhares de famílias com perda de rendimento – isto tem um custo social imenso e temos de conseguir controlar a pandemia com novas armas, agora”.

E essas “novas armas” podem resumir-se a “mais responsabilidade e menos imposição legal” – responsabilidade “individual” que passa pelo uso da máscara, garantir o distanciamento social e, também, instalar a app StayAway-Covid nos “smartphones”, reiterou António Costa, voltando a sublinhar que é anónima e que é “fundamental” utilizar-se para enfrentar esta “nova vaga muito forte” que existe não só em Portugal como, também, noutros países.

Também o espanhol Pedro Sánchez considerou que a pandemia está a ter uma evolução “preocupante” em todo o continente europeu, não só em Espanha e Portugal mas, também, países como França, Alemanha, Itália, Reino Unido, entre outros.

Tanto um líder político como o outro indicaram que “não se justifica” ponderar um novo fecho das fronteiras. Pedro Sánchez sublinhou que o que os políticos querem “é dar uma resposta comum. “O fecho das fronteiras não é algo que estejamos a contemplar nesta altura. Qualquer tomada de decisão terá de ser homogénea e partilhada com Portugal e com os outros países”, afirmou o espanhol

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