O líder do Chega nos Açores, Carlos Furtado, candidato às regionais de 25 de outubro, manifestou-se este domingo confiante na eleição de “mais do que um deputado”, alegando que o partido “rompeu bastante com o politicamente correto”.

“Estamos confiantes na eleição de mais do que um deputado. E isto não se traduz numa ambição, isto traduz-se na vontade de estar ao serviço do povo açoriano e esse serviço será tanto maior e de tão melhor qualidade quanto maior for a nossa representação no parlamento regional”, sublinhou Carlos Furtado, em declarações à agência Lusa, no âmbito de uma visita à freguesia das Furnas (concelho da Povoação), um dos principais pontos turísticos de São Miguel, no arranque da campanha.

Carlos Furtado é o cabeça de lista do Chega pela ilha de São Miguel nas eleições legislativas regionais, cabendo ao secretário-geral da estrutura partidária, José Pacheco, encabeçar a lista pelo círculo de compensação.

“Rompemos bastante com o politicamente correto e estamos a ser mais objetivos naquilo que temos apontado como sendo os problemas da nossa região”, vincou o líder regional do Chega, que disse não ter “a menor dúvida” de que “os açorianos vão estar recetivos às propostas” do partido.

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Alias, acrescentou, “a elevada abstenção que se tem verificado nos Açores é sinal de que as pessoas e o povo açoriano têm estado pouco conotados com aquelas que têm sido as alternativas em termos de mensagem” na política no arquipélago, sustentou.

O candidato considerou que o Chega “apareceu com uma mensagem mais direta” que elenca “os problemas que a população sente no seu dia”.

“E isso faz com que as pessoas se identifiquem com a nossa mensagem”, realçou, frisando que o Chega “é um partido alternativo à governação atual” do PS.

No primeiro dia da campanha, o partido escolheu uma abordagem às questões ambientais, tendo contactado com as populações de Vila Franca do Campo, onde está localizado um ilhéu, e da freguesia das Furnas.

“A preservação do ambiente é que será seguramente o suporte para o sucesso do turismo na região”, sublinhou à Lusa.

O Chega concorre às eleições para o parlamento açoriano por oito círculos, sete de ilha e um de compensação – o partido não tem candidaturas apenas nas ilhas das Flores e do Corvo.

As legislativas dos Açores estão marcadas para 25 de outubro, com 13 forças políticas candidatas aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP. Estão inscritos para votar 228.572 eleitores.

No arquipélago, onde o PS governa há 24 anos, existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo de compensação, que reúne os votos não aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.