O líder da Iniciativa Liberal (IL) nos Açores afirmou esta terça-feira que só os pequenos partidos podem fazer com que o PS perca a maioria absoluta na região, o que considerou “fundamental” verificar-se nas eleições de 25 de outubro.

Vinte anos de poder social-democrata foram muitos anos e criou muitos vícios na sociedade açoriana. Tivemos uma explosão de liberdade em 1996 quando quebrámos com esse ciclo governativo. E estamos com 24 anos de PS e estamos mais ou menos a entrar no mesmo registo que tínhamos em 1996 com o PSD, afirmou Nuno Barata.

O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.

À entrada para um almoço de trabalho com a Associação dos Profissionais de Turismo dos Açores, numa unidade hoteleira de Ponta Delgada, o também cabeça de lista pelo círculo eleitoral de São Miguel defendeu que a região “carece de uma nova vaga de pensar livremente e de fazer diferente”.

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“Se não, continuaremos a ter uma região que exporta gente, mão de obra qualificada e exporta capital, o pouco capital que consegue gerar, e que vive de mão estendida do Orçamento do Estado e do Orçamento da União Europeia”, acrescentou.

Sublinhando que apenas os pequenos partidos podem fazer com que o PS perca a maioria absoluta, que considera “fundamental”, o candidato afirmou que o voto na Iniciativa Liberal “pode ajudar a esse desiderato”.

“Estou muito confiante na minha eleição porque trago novidade ao debate e tarde ou cedo as pessoas acabam por reconhecer isso”, afirmou, no terceiro dia da campanha eleitoral.

Quanto ao setor do turismo nos Açores, o coordenador regional da IL diz que esta é uma oportunidade para o setor repensar a estratégia de futuro, recusando adiantar propostas concretas para a sua recuperação, porque todas as medidas, neste momento, “não passarão de paliativos”.

O turismo interno nos Açores é duvidoso porque não traz grande mais valia. Quando se enche de um lado vaza-se do outro. Para a região, vazar São Miguel para encher a Graciosa ou vazar o Faial para encher o Pico, não faz diferença. Mas [devemos] investir no segmento do mercado nacional e tentar manter, com campanhas fortes e eventos apelativos, a notoriedade do destino”, afirmou.

Nas eleições regionais açorianas existe um círculo por cada uma das nove ilhas (São Miguel, Terceira, Faial, Pico, São Jorge, Graciosa, Santa Maria, Flores e Corvo) e um círculo regional de compensação, reunindo os votos que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.

Ao todo, são 13 as forças políticas que se candidatam aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.