O surto em embarcações de pesca de longo curso acostadas para reparação nos Estaleiros Navais de Peniche (ENP) aumentou de 20 para 30 infetados, depois de conhecidos os resultados à covid-19, disse esta terça-feira fonte da empresa.

Magda Bordes, responsável pelo departamento de Ambiente, Segurança e Qualidade dos ENP, disse esta terça-feira à agência Lusa que estão infetados 29 tripulantes das embarcações e um trabalhador dos ENP, no distrito de Leiria.

Os casos aumentaram, depois de obtidos os resultados dos testes à Covid-19, cerca de 50 realizados aos tripulantes e 20 a trabalhadores dos ENP.

Segundo a mesma fonte, há três casos recuperados.

Os primeiros casos foram detetados há duas semanas, depois de os tripulantes terem concluído o seu trabalho e, em virtude de irem regressar de avião ao seu país de origem, foram testados.

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Por terem surgido casos positivos, as autoridades de saúde decidiram testar todos os tripulantes de quatro embarcações, que se encontram nos Estaleiros Navais de Peniche, sendo todos de nacionalidades estrangeiras, na maioria de países africanos e da Oceania.

“Como as instalações dentro dos navios são exíguas e não há distanciamento, foram identificados 19 casos confirmados”, explicou o delegado de saúde Renato Martins, adiantando que a origem do contágio terá sido devido a contactos em terra, em Peniche.

Os tripulantes que estão negativos permanecem dentro dos navios, enquanto os positivos foram realojados pela Proteção Civil em residências na cidade.

Segundo o delegado de saúde, “o surto está controlado”.

Peniche contabiliza 133 casos confirmados, dos quais 53 estão ativos, 76 recuperaram e quatro morreram.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão e setenta e sete mil mortos e mais de 37,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.094 pessoas dos 87.913 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.