Deputados do PSD lamentaram esta quarta-feira que o Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) Santo Tirso/Trofa esteja “há meses sem direção executiva” e a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) diz que a solução está para breve.

Em comunicado, os deputados do PSD eleitos para a Assembleia da República pelo círculo do Porto denunciaram que Ana Maria Tato, “terminou há dois anos o mandato (de três anos) da anterior direção executiva” naquele AceS. Segundo o PSD, “ultrapassados todos os limites da razoabilidade, em maio (590 dias após o termo dos seus mandatos) a diretora executiva e o presidente do Conselho Cínico formalizaram a sua cessação de funções”.

Dada a saída de mais dois elementos do conselho clínico, o corpo clínico composto por mais de 70 médicos, uma centena de enfermeiros e demais colaboradores desse ACeS estão há meses com um conselho clínico constituído por apenas uma vogal que, entretanto, assumiu a direção executiva, em regime de suplência, acrescenta.

Contactada pela Lusa, a ARS Norte apresenta uma versão diferente: “o mandato da anterior diretora executiva, Ana Maria Tato, terminou, mas ela manteve-se em funções até há poucos meses, pelo que esse hiato de tempo não faz sentido”. Ainda segundo os social-democratas e citando as conclusões de uma reunião com Carlos Nunes, o Presidente da ARS Norte deu nota de “que estará por dias a entrada em funções o novo diretor executivo”.

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À Lusa, a fonte da ARS Norte confirmou a informação. “Sim, está para breve a publicação em Diário da República do nome do novo diretor executivo”, disse.

“Será legítimo concluir que, não fosse a ação e pressão do PSD, a atual situação, que classificamos como grave nos últimos dois anos e inaceitável nos últimos meses, em especial em plena pandemia, iria perdurar por muito mais tempo”, refere o PSD.

Os social-democratas lamentam ainda que “tal vazio de coordenação e direção” tenha decorrido em plena pandemia “com sério prejuízo para os mais de 115 mil utentes servidos pelas 11 unidades deste ACeS e respetivas consequências para a sua saúde bem como para a saúde pública”.