O líder do PSD Madeira e presidente do executivo regional, Miguel Albuquerque, disse esta quarta-feira ser “quase certa” uma coligação com o CDS-PP nas eleições autárquicas de 2021, no concelho do Funchal, mas admitiu que a decisão não é consensual.

Não há nada consensual em partidos democráticos. Onde há consenso é no Partido Comunista e nos partidos trotskistas, como o Bloco de Esquerda, que são partidos totalitários”, afirmou, à margem de uma visita à zona de Lazer da Bica da Cana, concelho da Ponta do Sol, onde foram efetuadas obras de recuperação no valor de cerca de 90 mil euros.

Miguel Albuquerque comentava uma notícia divulgada esta quarta-feira pelo jornal JM, que aponta para um acordo “praticamente definido” entre os partidos do governo — PSD e CDS-PP — no sentido de repetir a coligação também no concelho do Funchal nas autárquicas de 2021.

“No Funchal, é quase certo [que haverá coligação], mas só vamos decidir isso a partir de janeiro, depois do congresso do PSD [em novembro]”, disse o líder social-democrata, admitindo ser possível acordos também noutros concelhos.

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E reforçou: “Uma vez que as eleições autárquicas são eleições com especificidades muito próprias, com muita particularidade, vamos estudar caso a caso, concelho a concelho, freguesia a freguesia. E depois vamos tomar as decisões necessárias, sendo que certo que o principal adversário é o PS Madeira”.

Miguel Albuquerque sublinhou, no entanto, que, em partidos democráticos, “não há consensos”, pelo que qualquer decisão implica antes “auscultar as estruturas locais”.

Entre as eleições autárquicas de 2013 e as de 2017, o PSD perdeu várias câmaras municipais, inclusive a do Funchal, atualmente governada pela coligação Confiança (PS/BE/PDR/Nós, Cidadãos!), detendo apenas três dos onze concelhos que constituem a região autónoma.