Uma aeronave não tripulada da Força Aérea Portuguesa (FAP), alocada à Base Aérea N.º 11 de Beja, realizou esta quinta-feira “uma aterragem forçada” junto à Barragem de Odivelas, Ferreira do Alentejo, revelou este ramo militar.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a FAP informou que a aeronave não tripulada (UAS, em inglês Unmanned Aircaift Systems) estava a realizar uma missão de treino, “não tendo colocado em risco população ou habitações”, fruto da “aterragem forçada” que aconteceu “esta tarde”.

Este voo, inserido nos voos de certificação e validação dos requisitos operacionais do UAS de configuração de asa fixa, tinha como objetivos testar os parâmetros de precisão do sistema de navegação e efetuar um teste à endurance da aeronave”, explicou a FAP.

No decorrer do voo de treino da aeronave, a operar a partir da Base Aérea N.º 11 (BA11), verificou-se “uma falha no sistema de propulsão, que levou à interrupção da missão, obrigando à identificação de uma zona desabitada para efetuar a aterragem forçada”, precisou a Força Aérea.

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“As circunstâncias em que esta ocorreu estão sob investigação da Comissão Central de Investigação (COCINV) da Força Aérea e as operações destas aeronaves suspensas”, revelou.

O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja disse à Lusa ter recebido “às 15h26 um alerta de que um ‘drone’ da Força Aérea teria caído” na zona da Barragem de Odivelas, no concelho de Ferreira do Alentejo.

“O aparelho acabou por ser encontrado por militares da Força Aérea”, disse o CDOS, sem especificar se a aeronave caiu ou aterrou, limitando-se a acrescentar que foram mobilizados para o local 18 operacionais, apoiados por sete viaturas, dos bombeiros e da GNR.

No passado dia 5 de setembro, também uma aeronave não tripulada da FAP alocada à BA11 “caiu” no concelho de Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, revelou na altura à Lusa fonte da Proteção Civil.

Essa alegada queda ocorreu às 11h58, junto à barragem de Trigo Morais, na freguesia do Torrão, igualmente sem registo de feridos ou danos materiais provocados pelo acidente, referiu o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal.

Nesse dia, a FAP também revelou ter-se tratado de uma “aterragem forçada” e anunciou a suspensão das operações com os seus ‘drones’ até à conclusão dessa investigação.

As missões de vigilância aérea e deteção de incêndios florestais com os ‘drones’ foram retomadas pela FAP a 10 de setembro.