Milhares de pessoas manifestaram-se na passada quinta-feira em várias cidades de Israel para exigir a demissão do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, depois do levantamento das restrições específicas para protestos durante o confinamento decretado para mitigar a propagação da pandemia.

Vários órgãos de comunicação social israelitas explicitaram que pelo menos 30 pessoas envolvidas nos confrontos — que alegadamente pertenciam a uma claque violenta de um clube de futebol de Jerusalém — envergavam bandeiras do Likud, o partido ao qual Netanyahu pertence, e cartazes com várias palavras de ordem, como, por exemplo “os esquerdistas são traidores” ou “um bom esquerdista é um esquerdista morto”.

A decisão extraordinária que limitava as manifestações a grupos de, no máximo, 20 pessoas e que não poderiam ir mais longe do que um quilómetro das suas residências expirou na quarta-feira.

A população descontente com a governação de Benjamin Netanyahu aproveitou o final destas restrições — implementadas para tentar mitigar a disseminação da pandemia da Covid-19 provocada pelo novo coronavírus — para regressar em força às manifestações.

As acusações de corrupção que o primeiro-ministro enfrenta e a gestão considerada débil da pandemia são as principais motivações da população, que reivindica a demissão de Netanyahu.

Contudo, notícias divulgadas esta semana explicitam que Netanyahu está alegadamente envolvido na aquisição de submarinos, sobre as quais recaem suspeitas de irregularidades no negócio — que alimentaram ainda mais o descontentamento dos manifestantes.

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