O representante da República para os Açores lembrou esta sexta-feira, a propósito das próximas eleições no arquipélago, que votar é um “dever cívico” que deve ser exercido mesmo numa altura “muito especial” como a atual, de pandemia de Covid-19.

Se as nossas atividades profissionais, culturais, desportivas e até a nossas vidas pessoais e familiares estão, de certa forma, reduzidas ao essencial, justificar-se-á sair à rua para ir votar? Sem dúvida alguma que sim. Em democracia, exercer o direito de voto é justamente o essencial. É, aliás, o momento mais essencial de uma cidadania ativa e responsável”, considerou Pedro Catarino.

A mensagem do responsável foi divulgada a propósito das legislativas regionais de 25 de outubro, no âmbito das quais decorre já neste domingo a votação em antecipada em mobilidade.

“É verdade que a Constituição não associa ao direito de voto uma obrigação jurídica de votar. Não há sanções por não votar. Mas a Constituição frisa claramente que se trata de um dever cívico”, acrescentou.

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Reconhecendo que “é compreensível que muitos eleitores se sintam tentados a ficar em casa” devido à pandemia, Pedro Catarino sublinhou, todavia, que “para todos aqueles que acreditam na democracia” votar é “uma obrigação indeclinável”.

Para todos aqueles que acreditam que a nossa sociedade enfrenta grandes desafios — na saúde certamente, mas também na educação, no ambiente, no mercado de trabalho, na agricultura ou no turismo — votar é um dever de consciência”, sublinhou o representante da República.

E concluiu: “Os Açores têm felizmente sido poupados ao flagelo de saúde pública que continua a abater-se sobre muitas outras regiões e países, pelo que — respeitando um conjunto de medidas de segurança a que já estamos todos habituados — podemos cumprir o nosso dever cívico de votar com toda a confiança e paz de espírito”.