Milhares de pessoas voltaram este sábado a manifestar-se contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém e em Telavive, aproveitando o levantamento de algumas das restrições antes adotadas para conter a pandemia de covid-19 no país.

A principal manifestação decorreu frente à residência oficial do primeiro-ministro, onde os manifestantes estavam concentrados aos milhares, cerca de 20.000 segundo os participantes.

Trata-se do maior protesto desde que as autoridades proibiram a presença a menos de um quilómetro do edifício.

Desde julho que os manifestantes se reuniam todos os sábados para criticar a gestão económica e sanitária da pandemia pelo governo de Benjamin Netanyahu, que tem sido acusado de corrupção.

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“Ministro do crime”, e “Não nos renderemos enquanto não renunciares” eram alguns dos slogans que os manifestantes empunhavam em cartazes durante o protesto.

Em Tel-Aviv, muitos vieram em família, enquanto a polícia dava conta de vários incidentes noutros pontos do país, usando gás lacrimogéneo e fazendo algumas detenções, revelaram as autoridades, em comunicado.

O chamado Movimento de Bandeiras Negras promoveu esta mobilização em março devido aos julgamentos por corrupção que Netanyahu tem sido alvo, e todas as semanas se foram juntando cada vez mais pessoas, sobretudo jovens descontentes com a atuação do primeiro-ministro israelita.

Israel vive um segundo confinamento que começou a aligeirar-se esta semana, abrindo algum comércio.