A agência espacial portuguesa Portugal Space abriu na segunda-feira o concurso internacional para a seleção do novo presidente, cargo ocupado interinamente por Ricardo Conde depois da renúncia de Chiara Manfletti em 14 de setembro.

Segundo uma nota divulgada na segunda-feira, as candidaturas podem ser apresentadas até 31 de janeiro e serão avaliadas por um júri constituído pela ex-presidente da Portugal Space Chiara Manfletti, pelo ex-presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia Paulo Ferrão e pelo presidente do Centro Internacional de Investigação do Atlântico – Air Centre, Miguel Bello.

Para efeitos de seleção dos candidatos, “é exigida comprovada experiência internacional e visão estratégica”, tal como “conhecimento na gestão e angariação de fundos internacionais e capacidade para desempenhar a função de acordo com os princípios e objetivos definidos na estratégia Portugal Espaço 2030”.

“O futuro presidente da agência espacial portuguesa deverá ter capacidade de trabalhar em ambientes institucionais complexos em Portugal e a nível internacional”, adianta a Portugal Space numa nota à comunicação social.

A nova presidência da Portugal Space entrará em funções no verão de 2021, disse anteriormente à Lusa o ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor. Até lá, mantém-se como presidente interino da agência espacial portuguesa o engenheiro eletrotécnico e de computadores Ricardo Conde, nomeado para o cargo em meados de setembro, depois da saída antecipada de Chiara Manfletti, a primeira presidente da Portugal Space, que esteve em funções cerca de ano e meio. A engenheira aeronáutica ítalo-alemã regressou à Agência Espacial Europeia (ESA) para dirigir, na Holanda, o Departamento de Políticas e Programas.

Cabe ao presidente da Portugal Space representar o país no Programa Espacial da União Europeia, sendo, por inerência, o chefe da delegação portuguesa na ESA, no Observatório Europeu do Sul e na direção do Telescópio Solar Europeu. Uma das missões da Portugal Space, constituída em março de 2019, visa promover novas atividades e negócios no setor espacial, em particular na observação da Terra com pequenos satélites, e facilitar uma maior participação do país nos programas europeus, da ESA e da União Europeia.

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