Os cemitérios do concelho de Guimarães vão estar encerrados nos dias 31 de outubro e 1 de novembro, face ao aumento de casos de infeção pelo novo coronavírus, anunciou esta segunda-feira a Câmara Municipal.

Em comunicado, aquela autarquia do distrito de Braga refere que a decisão de encerramento foi aprovada, por unanimidade, pela Comissão Municipal de Proteção Civil de Guimarães, em reunião esta segunda-feira realizada.

A reunião contou com a participação da delegada de Saúde Pública, Hospital de Guimarães, diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Alto Ave, presidentes de juntas de freguesia, bombeiros de Guimarães e das Taipas, PSP e GNR, que “manifestaram total concordância” com a proposta apresentada pelo presidente da Câmara, Domingos Bragança.

O autarca apelou a “um esforço de todos” para “impedir a propagação do vírus”, tendo em conta o aumento de casos positivos verificado nas últimas semanas. Lembrou que o agravamento das medidas restritivas pode ser aplicado em diferentes territórios, numa região, concelho ou freguesia.

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Não queremos que tal aconteça em Guimarães. É importante envolver todos os vimaranenses neste combate, especialmente pela compreensão e pedagogia, contando muito com a colaboração dos presidentes das juntas de freguesia”, referiu Domingos Bragança, citado no comunicado.

Disse ainda ser “fundamental” que a memória dos entes queridos, nos cemitérios, “seja realizada de modo diferente ou com antecedência, perante um quadro excecional que se vive devido à pandemia da Covid-19”.

Também citada no comunicado, a delegada de Saúde, Fátima Dourado, classificou a situação de Guimarães como “má” no que diz respeito à pandemia.

“Para evitar ajuntamentos, estas medidas devem ser tomadas a fim de interromper as cadeias de transmissão. É um dia muito particular, emotivo, propício a abraços”, salientou a responsável pela Saúde Pública no território concelhio.

Também o diretor do ACES do Alto Ave considerou que o encerramento dos cemitérios se justifica “pelo momento” que se está a viver.

Estamos perante um período excecional e grave, com consequências trágicas para a sociedade. Tudo o que tivermos de fazer para reduzir o impacto de transmissão do vírus é importante, sobretudo quando envolve momentos de questões emocionais e famílias como o Dia de Todos os Santos”, referiu Novais de Carvalho.