O uso de máscara provoca alguns inconvenientes, mas as suas eventuais dificuldades são superadas pelo sentimento de confiança que a utilização da máscara transmite, de acordo com um inquérito elaborado pela Universidade Lusófona, coordenado por Daniel Mineiro e Paulo Mendes Pinto.

De acordo com o estudo, o uso de máscara “dificulta acentuadamente o reconhecimento entre pessoas” para 71% dos inquiridos e cerca de 60% reconhece que também não foi reconhecido, pelo menos uma vez, quando usava uma máscara. 90% dos inquiridos já experimentaram não serem entendidos oralmente quando usavam máscara — e cerca de 80% já tiveram “interlocutores que disseram que não o entendiam”. O que mais confunde os inquiridos, cerca de 94%, é o facto de sentir dificuldade “em identificar as expressões” do interlocutor. 

A máscara inspira, no entanto, confiança, “dando a ideia de cumprimento e responsabilidade”, a aproximadamente 69% dos inquiridos. Em contrapartida, cerca de 59% confessaram que o uso de máscara contribuiu para o afastamento de pessoas, mas essa percentagem já baixa para 47% quando se fala em antigas relações, ainda que mais ou menos 65% dos que responderam ao inquérito tenham referido que a máscara não “cria insegurança”. 

O inquérito concluiu, assim, que “o uso de máscara não potencia o afastamento das pessoas, sendo quase nulo este efeito quando se tratam de relações já estabelecidas”.

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