O dinamarquês condenado por torturar e matar uma jornalista sueca no seu submarino privado fugiu esta terça-feira da prisão onde cumpre prisão perpétua, mas foi recapturado pela polícia, noticiou o tabloide Ekstra Bladet.

O jornal publicou um vídeo que mostra Peter Madsen sentado na relva, com as mãos atrás das costas, junto de agentes da polícia. A polícia anunciou no Twitter que “um homem foi detido depois de uma tentativa de fuga” e um porta-voz da polícia, Claus Buhr, precisou à agência Associated Press que se trata de Peter Madsen.

Uma testemunha, Frank Jensen, disse ao Ekstra Bladet que viu a polícia rodear uma carrinha branca, abrir a porta e puxar Madsen. A cena passou-se nas proximidades da prisão de Herstedvester, em Albertslund, um subúrbio de Copenhaga.

Peter Madsen foi condenado em 2018 a prisão perpétua por torturar e assassinar Kim Wall, uma jornalista sueca de 30 anos que em 2017 levou para bordo do seu submarino com a promessa de uma entrevista. A jornalista estava a trabalhar numa reportagem sobre Madsen, um engenheiro autodidata que construiu ele próprio o submarino, a que chamou UC3 Nautilus.

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Madsen, concluiu o tribunal, torturou a jornalista, matou-a, desmembrou o corpo e atirou-o ao mar.

O condenado nega ter morto Wall, alegando que ela morreu acidentalmente depois de uma queda no submarino, mas admitiu tê-la desmembrado e lançado os restos mortais no Mar Báltico. Recorreu da sentença, mas há cerca de um mês admitiu o homicídio numa entrevista.

Na Dinamarca, a pena perpétua corresponde normalmente a 16 anos de prisão, após os quais o condenado é avaliado para determinar se continua a representar um perigo para a sociedade, podendo ser libertado ou mantido na prisão.