Os funcionários dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) faltaram mais 467 mil dias por doença entre março e agosto de 2020 comparativamente ao período homólogo, o que representa um aumento de 64% destas faltas entre os profissionais das unidades hospitalares do Estado.

Segundo o jornal Público, que refere um estudo da consultora Iqvia sobre o impacto da pandemia de Covid-19 nos hospitais públicos, os trabalhadores dos hospitais do SNS faltaram mais cerca de 620 mil dias (mais 38%) nestes seis meses de 2020 do que entre março e agosto de 2019 — o que inclui faltas por doença, injustificadas, para tomar conta dos filhos, entre outros motivos.

Para o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) — que divulgou o estudo —, com esta taxa de absentismo, mesmo com o reforço de profissionais previsto pelo Governo, “no limite” há “menos pessoas a trabalhar” nos hospitais públicos.

Alexandre Loureço defende ainda que é necessário apurar os motivos por detrás do aumento de faltas por doença, mas considera que podem estar em causa vários fatores conjugados como a Covid-19, quarentena, apoio à família, receio de contágio do novo coronavírus e, possivelmente, cansaço acumulado.

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