A Assembleia Legislativa da Madeira fez esta terça-feira um minuto de silêncio pela morte da escritora Helena Marques, filha de madeirenses e que viveu na região, onde iniciou a sua carreira de jornalista, no Diário de Notícias insular.

Numa nota divulgada esta terça-feira, o presidente do parlamento madeirense, o centrista José Manuel Rodrigues, também “manifesta o seu profundo pesar pela morte de Helena Marques”, na segunda-feira, aos 85 anos, em Lisboa.

O responsável recorda que “a escritora, filha de madeirenses nascida em Carcavelos, foi jornalista durante 36 anos, tendo iniciado a carreira no Diário de Notícias do Funchal e terminado no Diário de Notícias de Lisboa, jornal onde foi diretora-adjunta (1968-1992)”.

Entre 1992 e 2010, sublinha, a escritora publicou cinco romances e um livro de contos, e que a sua publicação “O Último Cais” recebeu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio Revista Ler/Círculo de Leitores, o Prémio Máxima de Revelação, o Prémio Procópio de Literatura e o Prémio Bordallo de Literatura da Casa da Imprensa.

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“Com uma obra traduzida em várias línguas (alemão, italiano, castelhano, grego, romeno e búlgaro), em 2013 Helena Marques recebeu o Prémio Gazeta de Mérito”, complementa.

José Manuel Rodrigues endereça à família as “suas sentidas condolências”.

Também o grupo parlamentar do PSD/Madeira apresentou um voto de pesar pela morte da escritora e jornalista, “enaltecendo o seu incalculável contributo para o jornalismo e para a literatura em Portugal”.

Os deputados sociais-democratas insulares recordaram igualmente que Helena Marques “cresceu na Madeira e aqui frequentou o curso de Língua e Literatura Inglesa, do Departamento de Línguas da Academia de Música e Belas-Artes, tendo iniciado a sua carreira jornalística na região”.

No texto é mencionado que “O Último Cais”, lançado em 1992, recebeu vários prémios, sendo “um romance sobre famílias madeirenses, com o Funchal como palco, que decorre no século XIX e que tem a condição feminina como figura central, apanágio, aliás, das suas narrativas”.

A escritora Helena Marques morreu na segunda-feira à noite, aos 85 anos, anunciou hoje o grupo editorial Leya, que publica a sua obra. “O Último Cais” foi o seu romance de estreia.

Era mãe do editor Francisco Camacho, do grupo Leya, do jornalista Pedro Camacho, ex-diretor de Informação e atual diretor de Inovação e Novos Projetos da agência Lusa, e do antigo jornalista Paulo Camacho.