O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, anunciou esta quarta-feira que inaugurará, juntamente com a União Europeia (UE), um mecanismo de diálogo para coordenar a resposta à China.

“Nesta sexta-feira, o Alto Representante da UE, Josep Borrell, e eu lançaremos o diálogo EUA-UE sobre a China. Estou certo de que a nossa discussão aprofundará o nosso compromisso com os nossos amigos da UE nesta importante questão. Os europeus também estão preocupados com o ambiente que vivemos, tal como nós”, disse Pompeo.

O canal de diálogo foi acertado em junho: Borrell fez a proposta em 15 de junho durante uma reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE e dos EUA, e Pompeo anunciou posteriormente que concordou em criar tal mecanismo.

O chefe da diplomacia dos EUA anunciou ainda que a primeira coisa que esse mecanismo permitirá é criar um banco de dados que reúna as informações que a UE e os EUA têm sobre a China e, em seguida, coordenar as suas respostas.

Desde que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou à Casa Branca, em 2017, a luta pela hegemonia com a China intensificou-se. As duas potências económicas travam uma guerra comercial desde março de 2018, além de um conflito tecnológico sobre a presença das empresas chinesas Huawei e ZTE nos concursos internacionais para a rede 5G — a que se juntaram países europeus – e, mais recentemente, os EUA e a China trocaram acusações de culpas sobre qual dos dois originou a atual pandemia de Covid-19.

A UE deixou quer cooperar com a China para desenvolver o multilateralismo, embora discorde do gigante asiático em questões como os direitos humanos, a sua política em relação a Hong Kong – que acredita colocar em risco a semi-autonomia da região – ou as campanhas de desinformação de origem chinesa durante a pandemia.

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