O porta-voz do Livre nos Açores, José Azevedo, admitiu esta quinta-feira que é possível eleger um deputado ao parlamento regional nas eleições de domingo, sublinhando que o partido tem “uma mensagem para passar” e que fez uma “campanha positiva”.

“Estamos convictos de que temos a mensagem certa para este momento e estamos confiantes de que teremos oportunidade de representar as pessoas, representar os eleitores na assembleia legislativa regional e deixar lá as nossas propostas do nosso manifesto”, disse o candidato pelos círculos eleitorais de São Miguel e de compensação, em declarações à agência Lusa.

De acordo com o dirigente do Livre, se o partido eleger um deputado, as propostas serão claras para os eleitores. “O nosso objetivo principal é passar as mensagens e pôr as pessoas a discutirem as questões que nós queremos trazer para o debate público, e felizmente isso começa a acontecer”, disse, explicando que “o Livre é um partido profundamente democrático”.

Ao 12.º dia de campanha, que termina na sexta-feira, José Azevedo ressalvou que o Livre se encontra numa posição frágil por não ter apresentado “listas artificiais nas diferentes ilhas”.

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“Fragiliza-nos, porque há muitas pessoas […] em muitas ilhas, do Corvo a Santa Maria, que gostariam de votar no Livre e não podem“, salientou.

Com aposta numa campanha digital, o Livre considerou ainda que os webinários (seminários realizados na Internet) têm “corrido muito bem” e que o partido apostou em esclarecer as pessoas sobre as propostas na Internet. “Não fizemos foi uma grande campanha de outdoors com caras de pessoas, porque não nos parece que isso contribua para esclarecer os eleitores”, explicou.

O Livre concorre a três círculos nas legislativas regionais — além de José Azevedo, apresenta o programador informático Nuno Rolo na ilha Terceira. As legislativas dos Açores contemplam 13 forças políticas candidatas aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.

No arquipélago, onde o PS governa há 24 anos, existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo de compensação, que reúne os votos não aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha. Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, caom 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos). O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.